O que você precisa saber em 2025
Sim, hashtags ainda funcionam. Mas não da maneira como você provavelmente aprendeu a usá-las. Em 2025, elas deixaram de ser uma ferramenta de crescimento orgânico massivo e se tornaram um recurso de apoio, com funções mais ligadas à organização, segmentação e posicionamento do que à descoberta de novos perfis.
Se você ainda aposta em listas genéricas com 30 hashtags copiadas e coladas em todos os posts, sua estratégia está parada no tempo. O algoritmo já percebeu isso. Seu público também.
As hashtags perderam protagonismo, mas não relevância
O motivo é simples: as plataformas evoluíram. Instagram, TikTok, LinkedIn e YouTube Shorts estão cada vez mais baseadas em recomendações personalizadas, com algoritmos que entendem conteúdo por análise de texto, áudio e comportamento do usuário. Palavras-chave naturais, escrita contextualizada e engajamento real têm mais peso que qualquer marcação.
Adam Mosseri, head do Instagram, já afirmou que hashtags servem mais para classificação de conteúdo do que para aumentar alcance. E isso é perceptível na prática: é comum ver posts com bom desempenho e engajamento mesmo sem nenhuma hashtag.
O que funciona hoje é uma combinação de fatores
- Conteúdo claro e bem escrito, com palavras que seu público realmente usaria para buscar aquele assunto.
- Interação real, com foco em salvar, comentar e compartilhar, não apenas em likes.
- Conteúdo nativo, especialmente em vídeo curto, com uso de áudio, legendas e formatos que prendam a atenção rápido.
- Títulos e descrições pensados com lógica de busca, e não com linguagem vaga ou apenas estética.
- Distribuição orgânica inteligente, com foco em consistência e bom uso das funcionalidades da plataforma.
Mas então… ainda vale usar hashtags?
Vale, sim. Mas com parcimônia e intenção. Hashtags funcionam para:
- Segmentar nichos específicos (como #DireitoTributárioRJ ou #StartupsLegais)
- Organizar conteúdo por temas
- Impulsionar campanhas e desafios com hashtags exclusivas (como #DesafioLegal2025)
- Criar comunidades em torno de uma marca (#SouClienteLETS, por exemplo)
Mas hashtags não funcionam mais como ferramenta de crescimento viral. Elas não vão transformar um post fraco em um post de sucesso. Elas apenas ajudam a refinar a entrega de um conteúdo que já é bom por si só.
Quantas hashtags usar?
Instagram recomenda entre 3 e 5. No LinkedIn, 3 é o ponto ideal. Em Reels, algumas análises indicam que usar entre 10 e 20 pode funcionar, desde que sejam coerentes com o conteúdo. Não há um número mágico, mas sim uma necessidade de testar, observar e ajustar.
Quer ter mais clareza? Monte um experimento:
- Publique 7 posts seguidos com diferentes quantidades de hashtags (3, 5, 10, 20…)
- Mantenha a qualidade do conteúdo constante
- Acompanhe os indicadores: impressões, alcance, curtidas, comentários, compartilhamentos
- Veja o que realmente muda
Erros comuns que você precisa evitar
- Usar hashtags genéricas como #love, #instagood, #sucesso, #direito
- Copiar e colar sempre a mesma lista
- Inserir hashtags que não têm relação com o post
- Usar hashtags como substituto de uma legenda bem escrita
O algoritmo detecta preguiça. E penaliza.
A disputa hoje é por contexto, não por tag
As plataformas já sabem que o seu post fala sobre “fiscalização tributária” se você usar essas palavras na legenda, no áudio, no texto do carrossel ou no comentário fixado. Você não precisa escrever #FiscalizacaoTributaria para isso. Aliás, se esse for o único sinal, ele pode nem ser considerado.
Conteúdo bom tem contexto, valor e relevância. Hashtags, quando usadas, devem reforçar isso — não tentar compensar sua ausência.
O papel dos hashtags na estratégia de marca
Hashtags continuam tendo um papel importante em branding. Elas ajudam a:
- Unificar campanhas, como eventos ou datas comemorativas (#LETS5Anos)
- Incentivar produção de conteúdo por terceiros, como clientes ou parceiros
- Organizar acervos temáticos (por exemplo, #DicasDeMarcaLETS para uma série)
Aqui, o objetivo é menos alcance e mais memória de marca. E isso segue relevante em qualquer contexto.
O que fazer em vez de depender de hashtags
- Escreva boas legendas com palavras que as pessoas realmente pesquisariam
- Foque em uma narrativa clara e coerente com a imagem ou vídeo
- Crie conteúdo nativo para a plataforma: o que funciona no LinkedIn não funciona igual no Instagram
- Use títulos e aberturas que gerem curiosidade e tragam valor logo de cara
- Responda aos comentários, envie posts no direct, interaja de volta. Isso pesa para o algoritmo
E como encontrar boas hashtags hoje?
- Pesquise hashtags do seu nicho e veja se estão ativas (média entre 10 mil e 200 mil posts é ideal)
- Veja o que seus concorrentes e benchmarks usam — mas não copie, adapte
- Crie listas diferentes para diferentes tipos de conteúdo
- Use combinações de hashtags pequenas (menos de 50k), médias (50k–250k) e grandes (250k+)
- Atualize suas listas com frequência. Hashtags envelhecem
O que tudo isso quer dizer na prática?
Quer saber se hashtags ainda funcionam? A resposta é: sim, mas não sozinhas. Elas não vão salvar um conteúdo ruim. Mas podem ajudar a impulsionar um conteúdo bom, relevante e direcionado.
Use hashtags como um recurso complementar, não como protagonista da sua estratégia. O que realmente move o ponteiro em 2025 é conteúdo que faz sentido para quem consome. O resto é detalhe.